Segundo estudo realizado pelas Nações Unidas, o Brasil tem a maior produção de lixo eletrônico entre 11 países em desenvolvimento. Um brasileiro descarta por ano, segundo o estudo, em média 0,5 quilo de lixo eletrônico, no qual se incluem computadores, celulares, impressoras, televisores e refrigeradores.
Este lixo pode ser considerado valioso e ao mesmo tempo perigoso. Nele podem ser encontrados substâncias de valor significativo como o ouro, a prata, o cobre, a platina, o cobalto, o níquel e o silício, entretanto, substâncias tóxicas também são encontradas, como o chumbo, o mercúrio e o cádmio.
Tais substâncias tóxicas são encontradas em pequena quantidade nos dispositivos eletro-eletrônicos mas, quando estes são armazenados em grandes quantidades e em condições impróprias, podem contaminar o solo, a água e os esgotos, acabando por possivelmente contaminar também a população, mesmo que esta não tenha contato direto com esses resíduos eletro-eletrônicos.
A inclusão digital promovida pelo Brasil, o aumento do poder aquisitivo das classes mais baixas e o barateamento da tecnologia formam um ambiente propício para que o Brasil se torne um enorme produtor de resíduos eletrônicos nos próximos anos. Entretanto, a ausência de políticas públicas de gestão desses resíduos, que atribuiria a responsabilidade de se estabelecer uma logística reversa desses equipamentos a quem produz, importa, distribui ou vende, pode causar grandes problemas futuros para se lidar com estes resíduos, podendo implicar deterioração da saúde pública.
Atualmente já há algumas possibilidades para se dar um destino correto para tais equipamentos. Confira na lista abaixo, fornecida pelo Jornal da Folha de São Paulo, em 24 de março de 2010:
- Agências do Banco Real: pilhas e baterias (bit.ly/pilhasbancoreal);
- PRAC: descarte de baterias, lâmpadas, celulares e baterias chumbo-ácido (http://www.prac.com.br/);
- Drogaria São Paulo: pilhas e baterias (http://www.drogariasaopaulo.com.br/);
- Site Lixo Eletrônico: informações sobre projetos que aceitam doações de computadores velhos (lixoeletronico.org);
- Associação Brasileira de Distribuição de Excedentes: doação de computadores velhos (http://www.abre-excedente.org.br/);
- Casas André Luiz: doação de computadores velhos (http://www.andreluiz.org.br/);
- Comitê de Democratização da Informática: doação de computadores velhos (http://www.cdi.org.br/);
- Comlurb do Rio de Janeiro: doação de computadores velhos (www.rio.rj.gov.br/comlurb);
- Projeto Ação Digital: doação de computadores velhos (projetoacaodigital.com.br/lixotecnologico);
- Agente Cidadão: doação de computadores velhos (http://www.agentecidadao.com.br/);
- Museu do Computador: reaproveita materiais relacionados ao computador (http://www.museudocomputador.com.br/);
- Centro de Recondicionamento de Computadores: recebe aparelhos relacionados ao computador (http://www.oxigenio.com.br/);
- Dell: recicla produtos da marca (www.dell.com/recycling);
- Philips: recicla produtos da marca (http://www.sustentabilidade.philips.com.br/);
- HP: encaminha produtos da marca para reciclagem (bit.ly/reciclagemhp);
- Epson: coleta cartuchos de tinta da marca (epson.com.br/coleta);
- Nokia: recicla baterias, celulares e acessórios da marca (bit.ly/reciclagemnokia);
- Vivo: coleta baterias, celulares e acessórios (bit.ly/vivorecicle);
- Claro: coleta baterias, celulares e acessórios (bit.ly/clarorecicla);
- Oi: coleta baterias, celulares e acessórios (www.oi.com.br/coletadebaterias);
- Tim: coleta baterias, celulares e acessórios (bit.ly/reciclagemtim);
- CEDIR: Centro especializado em coleta, reúso e descarte sustentável do lixo eletrônico, na USP (0XX11-3091-6454 ou consulta@usp.br).