Os automóveis são o grande vilão na fatídica ampliação do Efeito Estufa por emitirem grande quantidade de gases a base de enxofre e carbono, sendo este último a maior causa do aquecimento global. Parece-me que o Dia Mundial Sem Carro, mostra que essa consciência já está presente em boa parte dos que se utilizam deste meio de transporte.
As montadoras já colocam à disposição do público carros capazes de suportar diferentes tipos de combustíveis, visando combater os preços da gasolina. A alta dos preços deste combustível desde a Crise Mundial do Petróleo na década de 70 confirma a teoria de que aumentar o valor de um bem pode não ter os efeitos esperados. Na época, os países membros da OPEP tinham como objetivo tornar maior a durabilidade do petróleo, mas provocou uma reação dos governos e empresas no sentido de investir em novas tecnologias a fim de substituir esse combustível. Foi uma reação de ordem simplesmente econômica e não pensada no meio-ambiente.
Já são encontrados nas concessionárias motorizações do tipo flex, que permite uso de gasolina ou álcool no Brasil. Na Europa existe situação semelhante porém com gasolina e diesel. Essa diferença ocorre devido aos subsídios do governo brasileiro ao diesel, já que boa parte do escoamento da produção nacional é feita por caminhões. Assim, apenas utilitários podem ser movidos a diesel no território nacional. O diesel é mais vantajoso que o álcool se levarmos em consideração a emissão de poluentes, já que é mais eficiente e produz mais energia. Mas se levarmos em consideração a sustentabilidade do diesel, perde feio para o álcool, que é uma fonte renovável.
No futuro, o panorama será um pouco diferente. As grandes montadoras pensam também na redução de emissão de gases. Para tal, estão sendo desenvolvidos formas híbridas de motorização aliando energia elétrica à combustíveis ordinários como gasolina, álcool e diesel. Aí sim estaremos ajudando a reduzir a poluição. Já existem protótipos viáveis técnica e comercialmente:
Citröen Cactus. Faz 33km/L e custaria cerca de R$ 60.000,00.
As motocicletas hoje já representam uma grande fonte de poluição, principalmente em cidades como São Paulo, onde há milhares delas e não há ainda uma legislação que obrigue as montadoras a reduzir as emissões das mesmas. Pode-se dizer que o governo ainda precisa fazer sua parte, não só na legislação mas também oferecendo um transporte público de qualidade que realmente faça a população preferir manter seu automóvel na garagem. A cidade de São Paulo precisa dar praferência ao transporte público. Algumas ciclovias seriam bem-vindas mas não resolverão, nem de longe o problema do trânsito e da poluição decorrente do excesso de carros na cidade.
Dia Sem Carro acontece em 56 cidades no país neste sábado
da Folha Online
O Dia Mundial Sem Carro será comemorado em 56 cidades brasileiras neste sábado (22). Em todo mundo, 1.800 cidades realizam a campanha, com a interdição de ruas e a realização de atividades que estimulem a população a deixar o carro em casa e procurar outras formas de transporte, principalmente a bicicleta.
O objetivo principal da campanha é melhorar a qualidade do ar nos municípios e, com isso, a qualidade de vida da população.
Para incentivar os municípios a criarem políticas públicas, o Ministério das Cidades lançou nesta sexta-feira o Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade por Bicicleta nas Cidades. A publicação traz orientações técnicas para as prefeituras integrarem a bicicleta ao sistema viário de suas cidades.
O caderno reúne dados sobre o uso da bicicleta no Brasil, como a produção e frota, extensão das ciclovias e ciclofaixas.
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