18 de fevereiro de 2010

Escopo da Engenharia Ambiental - Apresentação

Este blog terá como objetivo mostrar ao público um pouco mais sobre os problemas ambientais, assuntos relacionados e as impressões de uma pessoa diretamente envolvida neste tema. Os assuntos relacionados se referem principalmente à geopolítica e ao contexto econômico mundial, os quais foram determinantes para que a humanidade tenha tomado um rumo causador de impactos ambientais. Enjoy it!

"Até os anos 70, um projeto de engenharia poderia ser executado a partir de 2 parcelas: tecnologia e lucro." - Mônica Porto, docente do departamento de engenharia hidráulica da Escola Politécnica.

Não adianta querer construir uma nave intergaláctica se não possuímos tecnologia suficiente ao passo que também não se deve construir um empreendimento o qual não possa gerar riquezas, lucro para quem o executou. Percebam que estes dois elementos têm capacidade de veto sobre um projeto.

"Os professores desta universidade foram formados sem nunca terem ouvido falar na palavra meio-ambiente" - Patrícia Matai, docente do departamento de engenharia química da Escola Politécnica.

A preocupação sobre o tema se originou nos 70 e deu seu primeiro passo após a Conferência de Estocolmo (1972). Um novo parâmetro surgia naquele momento: o impacto ambiental. Com a criação da legislação ambiental no Brasil, este passou a ter o mesmo poder de veto da tecnologia e do lucro. Nos dias de hoje, tecnolgia, lucro e impacto ambiental são as diretrizes a serem seguidas num projeto de engenharia, cada um com o mesmo poder de veto sobre a execução do mesmo.

De lá pra cá algumas medidas (ex.: Protocolo de Kyoto), algumas conferências (ex.: Rio 92), algumas metas (ex.: Agenda 21) foram feitas para tentar frear um problema real e que parece ser nosso futuro inevitável. Devemos tratar esta mudança como uma oportunidade de se ganhar dinheiro.

No passado, uma empresa jogava seus dejectos diretamente na atmosfera sem qualquer tipo de tratamento. Ultimamente muito foi e será feito para mudar este panorama com o reaproveitamento desses elementos descartados colocando-os novamente na linha de produção das indústrias, o que certamente aumenta os ganhos da empresa.

Vale lembrar que não existe impacto ambiental nulo, ele pode ser positivo ou negativo, qualquer mudança altera a homeostase terrestre. Em outras palavras, o engenheiro ambiental tem como função dar suporte ao desenvolvimento de novas tecnologias para que a tal da sustentabilidade seja alcançada. Esta é uma grande diferença entre o engenheiro ambiental e o ambientalista. Eu vejo o ambientalista como um ser passional e ecologista, só tem como objetivo frear o desenvolvimento em favor da natureza. Sejamos realistas, isso não combina com o nosso sistema de produção atual! Como gerar riqueza sem usar matérias-primas? Sem agredir a natureza? Se parassem de extrair petróleo neste momento, tenho certeza de que até mesmo aqueles ativistas do green peace implorariam para que voltassem a explorá-lo.

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