26 de fevereiro de 2010

Fundos de Investimento Socialmente Responsáveis - SRI

Um artigo, que pode ser encontrado aqui, publicado por Idália Antunes Cangussu Rezende analisa a rentabilidade de Fundos de Investimentos Socialmente Responsáveis, os quais selecionam empresas por meio de critérios sociais, ambientais e de governança corporativa. O estudo testa a performance (índice Sharpe) deste tipo de fundo de investimento através de uma metodologia que utiliza testes estatísticos como medida de performance para estes fundos de investimentos também conhecidos como SRI's (Socially Responsible Investiment).

Há uma percepção atualmente de que o alinhamento das empresas de acordo com uma perspectiva de visão focada em sustentabilidade e ecodesempenho seja diretamente proporcional à redução de custos e geração de mais recursos para a própria empresa e seus acionistas, entretanto as conclusões empíricas sobre a verocidade desta percepção não eram muito claras e motivaram a realização do estudo.

Resumindo, o artigo mostrou que os fundos SRI possuem rentabilidade semelhante aos fundos não SRI, ou seja, não foram constatadas evidências de que a competitividade econômica destas empresas que investem na sustentabilidade seja superior à competitividade de empresas que não praticam ações sustentáveis. Segundo o artigo, o conceito de sustentabilidade empresarial, que considera o crescimento econômico, a equidade social e o equilíbrio ecológico não resulta em vantagem competitiva ou benefício financeiro para as empresas, nem o contrário. É indiferente.

Entretanto, a crise de 2008/2009 e o consequente corte no staff das empresas se limitou a áreas que não estão relacionadas a funções ligadas à atividade ambiental. Nem replanejamento e remanejamento de recursos destinados a obras sócio-ambientais foram alteradas durante a crise de 2008, segundo a Diretora Setorial de Responsabilidade e Sustentabilidade da Febraban e Superintendente de Sustentabilidade e Comunicação Interna e Institucional do banco Itaú, Sonia Favaretto: "É claro que a reação não será uniforme, como em qualquer setor. O que podemos dizer é que vai depender do profissional à frente da área de sustentabilidade e do próprio banco. Se a prática da sustentabilidade ainda está numa agenda embrionária na instituição, é possível que haja um replanejamento. O que pra mim é uma visão míope, já que a sustentabilidade pode até alavancar os negócios".

O próprio vice-presidente do Itaú, Antônio Matias afirmou que este investimento poderia até aumentar: “É importante que nesse contexto o movimento da sustentabilidade seja visto como parte da solução desta crise, dando consistência às soluções apresentadas. É o momento para que a sustentabilidade seja vista como uma questão essencial para a perenidade dos negócios.”

Um comentário:

Ricardo disse...

Parabéns. Acompanhava-o no blog sustentabilidade e agora aqui. Eu continuo no: Programa de Saúde Ambiental & Contradito Histórico e Ecológico -http://rutiglianoroque3.zip.net. Espero que mantenha continuidade. Em Tempo: um acróstico: Saúde Ambiental. Autor: Ricardo Rutigliano Roque.

Sustentabilidade

aplicada:

útil

desenvolvimento

ecológico.


Ambiente

mapeado,

baliza agravos e

indica riscos:

equilíbrio

na

terra

antes de um

limite.

Escrito em 18/10/2009 às 10h59 no blog: http://rutiglianoroque3.zip.net . Programa de Saúde Ambiental do Trabalhador & Contradito Histórico e Ecológico. Ricardo Rutigliano Roque.

Observação: esse acróstico é parte de um livro; para ler a obra completa - pretensamente a se tornar literária - clic aqui: http://rutiglianoroque3.zip.net .